quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Irresistível Tentação - Novidade

Irresistível Tentação
Jill Mansell

Com Jill Mansell, o amor está sempre ao virar da esquina, com muitas surpresas e grandes doses de sentido de humor

Quando Nadia Kinsella conhece o charmoso Jay Tiernan sente-se tentada. Retidos numa casa remota durante uma tempestade de neve, temos de admitir, nunca ninguém descobriria, certo? Mas Nadia há muito que encontrou o amor da sua vida. Chama-se Laurie, estão juntos desde sempre e Nadia ainda sente borboletas no estômago quando o vê. Bem, é verdade que não o tem visto muito nos últimos tempos, mas isso nem é culpa do Laurie. E ela não o pode trair! Para além do mais, quando se pertence a uma família como os Kinsellas, onde cada um é mais irresponsável do que o outro, alguém tem de dar o exemplo e resistir às tentações, não é? Afinal, não queremos fazer algo de que mais tarde nos arrependamos. Ou será que queremos?

Saída de Emergência
Chancela: Chá das Cinco / 2009
ISBN: 9789898032638
Formato: Capa mole
Dimensões: 16 x 23
Núm. páginas: 384

Pode ler o excerto Aqui



JILL MANSELL vive com o seu companheiro e os seus filhos em Bristol e é escritora a tempo inteiro. Bem... isso não é inteiramente verdade: ela vê televisão, gosta de comer fruta, admira os jogadores de rugby que treinam no campo desportivo atrás da sua casa, e passa horas na internet maravilhada com o facto de tantos escritores terem blogues. Com uma vida movimentada, só quando é obrigada a ficar em casa é que de facto escreve. Os seus livros são já bestsellers e já venderam mais de três milhões de cópias.

Jill Mansell, autora de Irresistível Tentação , responde a algumas perguntas:

1. O seu desejo em criança era ser escritora? Se não, o que foi que a inspirou?


Quando era criança costumava escrever imenso, inventava longas histórias felizes sobre mim e o meu irmão, mas nunca me passou pela cabeça vir a tornar-me mesmo uma escritora e escrever livros a sério. Por coincidência, encontrei recentemente uma dessas histórias, escrita aos onze anos, que falava em perder dinheiro numa fenda profunda entre as tábuas do soalho da velha casa em que vivíamos na altura. No conto eu descrevia como me tinha ajoelhado para desenterrar as moedas com uma faca e um garfo. No Thinking of You (A Pensar em Ti), concluído alguns meses antes de eu ter redescoberto esta história, escrevi uma cena assustadoramente similar, só que, em vez de dinheiro, a minha personagem está ajoelhada com uma faca e um garfo para tirar algo mais embaraçoso do meio das tábuas do soalho. Vão ter de ler o livro para descobrir do que se trata!
2. Há quanto tempo escreve?

Pondo de lado os rabiscos de infância, comecei a escrever a sério… bem, já lá vão uns dezoito anos. Li um artigo num destacável de um jornal de domingo sobre mulheres que fazem muito dinheiro a escrever romances e isso levou-me a inscrever-me num curso nocturno sobre escrita criativa. Algumas de nós ainda somos amigas e encontramo-nos assiduamente. Na verdade, ao escrever isto, neste momento estou a ter uma ideia para um livro – inscrevermo-nos num curso nocturno pode literalmente alterar a nossa vida!
3. O que é que mais lhe agrada na escrita?

Adoro escrever quando está a correr bem e odeio quando não está! Começar um novo romance é sempre excitante – é como entrarmos numa festa cheia de estranhos e indagarmo-nos o que irá acontecer em seguida. Pensar-se-ia que eu tenho o controlo sobre os livros, não é? Mas o problema com o tentar planear um livro de antemão é que de repente damos com uma das personagens a fazer algo de inesperado que altera por completo o resto da história. Eu não costumava acreditar nos escritores que diziam isto – na verdade, achava que era algo bastante estranho – mas agora, que sou escritora, posso afirmar que é verdade. Talvez seja apenas uma questão de ter uma ideia melhor à medida que vou avançando e de tirar partido dela; é como sairmos para comprar uma camisola cinzenta e acabarmos por comprar antes um belíssimo vestido de lantejoulas…

4. Qual é a sua rotina de escrita diária?

Adoro, adoro, adoro saber das rotinas de escrita das outras pessoas! (Tenho uma amiga internauta que escreve romances históricos enquanto ouve música rock em altos berros). Eu escrevo os meus livros à mão, usando uma fabulosa caneta de tinta permanente Harley Davidson e cadernos de capa rija. Sento-me no sofá da nossa sala de estar e tenho a televisão ligada enquanto trabalho (embora não conseguisse ouvir rádio nem música – isso seria demasiado invasivo). Vejo o programa This Morning com a Fern e o Phil e tiro de lá ideias para os meus livros. Também consumo bastantes batatas fritas, gomas de fruta e café. Trabalho enquanto os meus filhos estão na escola e levo periodicamente pedaços do manuscrito completo à minha dactilógrafa, que consegue decifrar a minha letra. A minha falecida mãe costumava dactilografar-me os romances, e é por esse motivo que não continham sexo explícito. Agora as amigas da minha filha lêem todas os meus livros, por isso continua a não haver cenas de sexo explícito! E, não, a minha filha recusa-se terminantemente a lê-los porque é demasiado embaraçoso. Sempre que lhe peço para ler uma página, ela vê uma das minhas personagens dizer algo que eu costumo dizer, ou – pior! – algo que ela costuma dizer. Na verdade, é provavelmente melhor que ela não leia os meus livros – não quero que ela me processe!

5. Que escritores admira?

Admiro todos os publicados, porque todos sabemos o quão diabolicamente complicado é escrever-se um livro e conseguir publicá-lo. Mas as minhas favoritas são Marian Keyes, Catherine Alliott, Sophie Kinsella, Isabel Wolff, Katie Fforde e Veronica Henry. Também posso acrescentar que se houver por aí alguém interessado em escrever alguma forma de ficção romântica (basicamente qualquer coisa que envolva beijos) a RNA é uma associação que presta um apoio maravilhoso. Eu tenho orgulho em ser membro desta organização e recomendo qualquer pessoa a associar-se.

6. Que autores influenciaram mais a sua escrita e porquê?

A Jilly Cooper, cujo trabalho tanto apreciei durante a minha adolescência. (Os meus pais não compravam o Sunday Times mas o meu tio Edwin costumava recortar e guardar as crónicas dela para mim). Riders e Rivals foram os livros que me inspiraram a tentar escrever um romance, porque até os ter descoberto não sabia que o humor também era permitido. Li-os tantas vezes que se desfizeram em pedacinhos!

7. Qual foi o último livro bom que leu?

Último livro bom? Quem me dera ter mais tempo livre – adoro thrillers mas quase não tenho oportunidade de os ler. Mas gostei particularmente do Honeymoon do James Patterson. Os romances com Jack Reacher do Lee Child também são óptimos. Se ao menos eu conseguisse treinar-me para dormir menos, imaginem quantos mais thrillers poderia devorar!

8. Até que ponto a sua experiência de vida influenciou a sua escrita?

Devo usar a minha experiência de vida enquanto estou a escrever, mas não o faço conscientemente – saber qual a sensação de uma coisa e imaginar qual será… vem tudo do mesmo sítio. Posto isto, é claro que reciclo desavergonhadamente as minhas próprias experiências passadas na adolescência, os encontros desastrosos, o andar atrás de homens que não conquistei, os que conquistei e deixei, o casamento, o divórcio, o ter dado secretamente à luz o filho ilegítimo do George Clooney… ah, desculpem, essa ainda não aconteceu… vêem o que quero dizer com a indefinição das fronteiras entre a fantasia e a realidade? Bem, de certeza que já perceberam a ideia!

9. Sabe sempre como os seus livros vão acabar antes de começar a escrevê-los?

Não propriamente, embora o prazer da comédia romântica seja o facto de todos sabermos que terá um final feliz – só não sei como é que as minhas personagens lá vão chegar. (No passado tentei eliminar personagens de relevo experimentando antes um final de levar as lágrimas aos olhos, mas a minha editora obrigou-me a reescrever o livro e a trazê-las de novo à vida. Claro que ela tinha razão. Ela tem sempre razão. Olá, Marion!)

10. O que inspirou o seu novo romance, Thinking of You (A Pensar em Ti)?

Thinking of You (A Pensar em Ti) fala de Ginny e dos perigos da síndrome do ninho vazio, e da filha, Jem, que embarca na aventura de sair de casa pela primeira vez. Foi inspirado no facto de a minha filha de doze anos ter ido passar a noite a casa de uma amiga. Lá estava eu, sozinha em casa, num sábado à noite, a ver o X Factor sem a Lydia ao meu lado… e de repente apercebi-me de que daqui a seis anos ela vai para a universidade e que, possivelmente, sairá de casa para sempre… e se eu estava a sentir-me tão desfalcada com um companheiro e um filho dentro de casa (embora lá em cima a jogarem estúpidos jogos de computador, por isso não propriamente presentes), quão pior deve ser para uma mãe solteira cujo único filho está prestes a sair de casa. Bem, pelo menos foi esse o ponto de partida para o livro. E agora já se passaram dois anos e a Lydia tem catorze e só faltam quatro para ela sair de casa. A não ser, é claro, que eu a amarre.
 (Entrevista retirada de site da Editora Saida de Emergência)


Sem comentários :

Enviar um comentário