quinta-feira, 10 de junho de 2010

Convite - Apresentação «O Romance da Bíblia» | 14 de Junho na FNAC Colombo

C O N V I T E

Deana Barroqueiro tem o prazer de convidar os seus queridos amigos para a apresentação do seu livro, O Romance da Bíblia – Uma Visão feminina do Antigo Testamento, que terá lugar no próximo dia 14 de Junho, segunda-feira, às 19.00 horas, na FNAC do C. C. Colombo. A apresentação estará a cargo da Doutora Manuela Gamboa, professora de literatura e investigadora.

Como escreve Maria Teresa Horta no Prefácio deste livro, a odisseia das mulheres e homens do Antigo Testamento é minuciosamente recriada com «uma escrita toda ela tecida por sensualidades e cintilações audaciosamente irónicas».

O Romance da Bíblia

Um olhar feminino do Antigo Testamento

«O Romance da Bíblia possui o riso que acontece debaixo da palma da mão entreaberta sobre a boca, mas igualmente o desfrute do gozo, ambiguamente trocado, tomado, pelo gosto do outro, no tactear da língua. Um livro de memórias ancestrais, que nos mostra o despertar da mortal e venenosa serpente das seitas religiosas, do obscurantismo, do sexismo com a sua rancorosa face. Mas, O Romance da Bíblia é ainda a beleza traba­lhada, cinzelada, com um bom gosto literário inusitado, eu diria mesmo raro, na ficção portuguesa. (…)

O livro de Deana Barroqueiro traz consigo a visão da mulher. Lúcido olhar, que ao longo dos séculos tem faltado à visitação deste universo da Bíblia: Velho Testamento moralista, repleto de anciãos preguiçosos, libidinosos e lascivos, de brutamontes ignorantes e violadores, convocados por um Deus irado frente à própria incompetência e à própria ima­gem, segundo a qual teria criado o homem, de quem afinal não gosta e castiga. E é precisamente no enredamento deste dilema, que se abrem as páginas do primeiro dos dezanove textos que, fragmentariamente, irão formar um todo literário uno: falando de Noé e de Jacob, de Isaac e de Sansão, de Asmodeu e dos circuncisos, de Labão e de Abraão, arrancando-os do seu pedestal de heróis divinos, com uma habilidosa cruel­­dade implacável.»
Maria Teresa Horta
Crítica Literária

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